SINAIS E SINTOMAS
DA DESORDEM DO PROCESSAMENTO AUDITIVO
RESUMO
Existem indivíduos
que possuem a queixa de não ouvir bem mas possuindo a audição normal. Isto pode
ocorrer devido a dificuldades no processamento auditivo da informação , Há
muitos sinais e sintom
as da Desordem do Processamento Auditivo que muitas vezes se assemelham a outras desordens. O objetivo desse artigo é elucidar basicamente as questões que concernem à área.
Na avaliação da audição vários testes podem fazer parte do protocolo audiológico, dentre eles estão:
AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION – (Central) auditory processing disorders.
BELLIS, T.J. – Assessment and management central auditory processing disorders. San Diego, Singular Publishing Group, 1996
CHERMAK, G.D. & MUSIEK, F.E. – Central auditory processing disorders.
DSM IV – Manual diagnóstico e estatística de transtornos mentais, 4 ed.
FERRE, J.M. – Processing power: a guide to CAPD assessment and management. Texas, Communication Skill Builders, 1997
BELLIS,T.J. – Assessment and Management of Central Auditory Processing Disorders in the Educational Setting From Science to Practice. Thomson Delmar Learning, 2003
ZORZI,J.L. – Aprendizagem e Distúrbios da Linguagem escrita – questões clínicas e educacionais. Porto Alegre, Artmed, 2003
PINHEIRO, M.L. & MUSIEK, F.E. – Special considerations in central auditory evaluation. IN: Assessment of central auditory dysfunction: foundations and clinical correlates.
as da Desordem do Processamento Auditivo que muitas vezes se assemelham a outras desordens. O objetivo desse artigo é elucidar basicamente as questões que concernem à área.
Palavras-chave: processamento
auditivo, habilidades auditivas, problemas de aprendizagem.
A AUDIÇÃO
A audição é um dos
cinco sentidos humanos. É a capacidade de reconhecer o som emitido pelo
ambiente.
O órgão responsável pela audição é o ouvido, capaz de captar sons até
uma determinada distância A habilidade de ouvir possui dois sistemas, o
periférico e o central.
Na avaliação da audição vários testes podem fazer parte do protocolo audiológico, dentre eles estão:
§ Audiometria: Exame
que mede o nível de audição por intensidade e freqüência, ou seja, é o teste
que quantifica a audição do indivíduo, podendo ou não acusar a presença de
perda auditiva em diferentes graus e tipos.
§ Imitânciometria: É
o exame que verifica as condições da orelha média, (sistema tímpano-ossicular),
e da via do reflexo do estapédico.
§ Emissões
Otoacústicas: Avalia a resposta das células ciliadas externas localizadas na
cóclea. São sons de baixíssima intensidade que resultam do mecanismo ativo de
recepção do som pela cóclea no qual as células ciliadas externas desempenham o
papel principal.
§ Potenciais
Auditivos Evocados: São potenciais elétricos que surgem através de um estímulo
acústico (geralmente click fornecido através de fones) e que refletem a
atividade do sistema auditivo.
Estes potencias
podem ser de curta, média ou longa latência dependendo do tempo que a onda leva
para ser captada. Quanto mais distante o sítio gerador, maior é o tempo de
latência da onda que representa o potencial. Os mais utilizados são o de curta
latência (Bera ou Paete) e de longa latência (P300).
§ Avaliação do
Processamento auditivo: Permite verificar o desempenho das habilidades
auditivas através de avaliação comportamental.
CONHECENDO O
PROCESSAMENTO AUDITIVO
Definição
Segundo o relatório técnico da ASHA 2005, processamento auditivo (PA) refere-se à eficiência e eficácia que o sistema auditivo nervoso central utiliza a informação auditiva, inclui os mecanismos auditivos que seguem as seguintes habilidades:
Segundo o relatório técnico da ASHA 2005, processamento auditivo (PA) refere-se à eficiência e eficácia que o sistema auditivo nervoso central utiliza a informação auditiva, inclui os mecanismos auditivos que seguem as seguintes habilidades:
§ localização e
lateralizacão;
§ discriminação
auditiva;
§ reconhecimento do
padrão auditivo;
§ aspectos temporais
da audição, incluindo:
§ integração temporal
§ discriminação
temporal (intervalo de detecção temporal)
§ ordenação temporal
§ marcaramento
temporal
§ performance
auditiva com sinais competitivos (incluindo a escuta dicótica);
§ performance
auditiva com sinais acústicos degradados.
Pode-se dizer que
processamento auditivo é “aquilo que fazemos com o que ouvimos”.
Os processos neurocognitivos estão envolvidos. A memória, atenção e linguagem são integrantes no processo de análise na entrada da informação pelo canal auditivo.
A dificuldade em um ou mais níveis das habilidades auditivas é possível de ser classificada como uma dificuldade ou desordem do processamento auditivo (DPA)
A DPA pode estar ligada ou associada com as dificuldades em linguagem, aprendizado, e funções de comunicação, embora a DPA possa coexistir com outras desordens (por exemplo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade [TDAH] e dificuldades de leitura), mas não pode ser colocada como o fator resultante destas.
As causas que levam a uma DPA podem ser variadas, não podendo ser especificadas, (na maioria), podem compreender desde ordem genética até de desenvolvimento, dentre outras possíveis.
Os processos neurocognitivos estão envolvidos. A memória, atenção e linguagem são integrantes no processo de análise na entrada da informação pelo canal auditivo.
A dificuldade em um ou mais níveis das habilidades auditivas é possível de ser classificada como uma dificuldade ou desordem do processamento auditivo (DPA)
A DPA pode estar ligada ou associada com as dificuldades em linguagem, aprendizado, e funções de comunicação, embora a DPA possa coexistir com outras desordens (por exemplo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade [TDAH] e dificuldades de leitura), mas não pode ser colocada como o fator resultante destas.
As causas que levam a uma DPA podem ser variadas, não podendo ser especificadas, (na maioria), podem compreender desde ordem genética até de desenvolvimento, dentre outras possíveis.
Alguns sinais e os
sintomas
Os sintomas de DPA
podem variar e ter diferentes formas de manifestação. Confira se você ou alguém
que conheça apresenta alguns desses Sinais e Sintomas:
§ Parece não ouvir
bem?
§ É muito distraída
ou desatenta ?
§ Demora em escutar
e/ ou entender quando chamada sua atenção?
§ Fala muito “Hã?”,
“O que?”, ou “Não entendi!”?
§ Possui dificuldade
para lembrar o que foi dito ou parece ter problemas de memória?
§ Tem fala diferente
de outras crianças da mesma idade?
§ Tem dificuldades
para ler ou escrever ou outras dificuldades escolares?
§ Tem dificuldade
para entender o que está sendo falado quando em ambientes ruidosos ou em
grupos ?
§ Não consegue
acompanhar uma conversa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo ?
§ Há cansaço ou
atenção curta para sons em geral?
§ Deixa o volume da
televisão muito alto?
§ Apresenta
dificuldade de localizar o som?
§ Apresenta
dificuldades em seguir orientações?
§ Tem dificuldade em
contar um fato ou história?
§ Tem dificuldades
para transmitir um recado ?
§ Possui dificuldade
em seguir uma seqüência de tarefas que lhe foi falada?
§ Tem dificuldades em
entender piadas ou duplo sentido?
§ Os problemas de
matemática são difíceis de interpretar?
§ A informação
abstrata é difícil de compreender?
Estes, assim como
outros comportamentos, podem ser sinais de uma dificuldade no processamento
auditivo da informação. Cabe retomar que muitos dos comportamentos notados
acima podem também aparecer em outras condições tais como dificuldades de
aprendizagem, Transtorno do déficit de atenção e Hiperatividade (TDAH), níveis de
depressão, dentre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION – Central auditory
processing: current status of research and implication clinical practice. A
report from the ASHA task-force in central processing. 2005
AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION – (Central) auditory processing disorders.
Technical
Report 2005
BELLIS, T.J. – Assessment and management central auditory processing disorders. San Diego, Singular Publishing Group, 1996
CHERMAK, G.D. & MUSIEK, F.E. – Central auditory processing disorders.
San Diego,
Singular Publishing Group, 1997
DSM IV – Manual diagnóstico e estatística de transtornos mentais, 4 ed.
– JORGE, M.R. et al., Porto Alegre, Artes Médicas, 1995.
FERRE, J.M. – Processing power: a guide to CAPD assessment and management. Texas, Communication Skill Builders, 1997
BELLIS,T.J. – Assessment and Management of Central Auditory Processing Disorders in the Educational Setting From Science to Practice. Thomson Delmar Learning, 2003
ZORZI,J.L. – Aprendizagem e Distúrbios da Linguagem escrita – questões clínicas e educacionais. Porto Alegre, Artmed, 2003
PINHEIRO, M.L. & MUSIEK, F.E. – Special considerations in central auditory evaluation. IN: Assessment of central auditory dysfunction: foundations and clinical correlates.
Williams &
Wilkins, 195
8
PEREIRA, L. D. ; SCHOCHAT, E.- Processamento Auditivo Central- Manual de Avaliação. São Paulo: Lovise, 1997
PEREIRA, L. D. ; SCHOCHAT, E.- Processamento Auditivo Central- Manual de Avaliação. São Paulo: Lovise, 1997
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